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20/1 – São Sebastião, Mártir

É muito pouco o que se sabe comprovadamente sobre este mártir, cognominado Defensor da Igreja. Santo Ambrósio, que fez alguns sermões sobre ele, afirma que Sebastião era proveniente de Milão, e que já no seu tempo era venerado na cidade.

Nas Actas de seu martírio, escritas provavelmente no início do século v e erroneamente atribuídas a Santo Ambrósio, afirma-se que era guarda-costas imperial, e que praticava secretamente muitos actos de amor e caridade para com os seus irmãos na fé. Quando, em 286, as autoridades descobriam que era cristão, foi entregue aos arqueiros mauritanos, que o perfuraram com setas, tortura de que foi curado pela viúva Santa Irene. Posteriormente, foi martirizado com golpes de maça.

É mais ou menos isso que diz o Martirológio Romano a respeito dele: “Mártir, comandante da primeira coorte sob o Imperador Diocleciano. Por motivo da religião cristã, foi amarrado no centro do pátio, e cravado de setas pelos soldados. No final, espancaram-no até à morte.”

Foi praticamente com base nestes poucos dados e nas informações de Santo Ambrósio que se compôs-se toda a lenda de São Sebastião. Segundo ela, o santo nasceu em Narbona, mas mudou-se para Milão, sendo educado com esmero na piedade e no amor de Deus. As suas grandes qualidades tornaram-no conhecido na corte, onde chegou a ser um dos favoritos do Imperador Diocleciano.

A sua posição na corte proporcionava-lhe muitas oportunidades de prestar grandes serviços à Igreja e socorrer os cristãos perseguidos, a quem fortificava com exortações, socorrendo com esmolas os confessores da fé que enchiam os cárceres imperiais.

Foi denunciado por um apóstata e, como era da guarda do Imperador, este foi informado. Sebastião confirmou a denúncia, e afirmou que adorava o único Deus, criador do Céu e da Terra. Diocleciano, sem o sujeitar a qualquer forma de processo legal, mandou amarrá-lo a um poste e cravar de setas pelos próprios soldados da guarda, tratamento ao qual Sebastião sobreviveu. Foi então que Irene, viúva do mártir Cástulo, o mandou conduzir secretamente para sua casa, onde o curou.

Em vez de se esconder, Sebastião foi ao palácio e censurou vivamente o Imperador pelas imposturas e calúnias que lançava contra os cristãos. Enfurecido, Diocleciano mandou conduzir o confessor da fé ao circo, onde foi morto a golpes de maça. Isto aconteceu no ano 288. O corpo do ilustre mártir foi lançado pelos pagãos para um lugar imundo, mas ele apareceu a uma mulher cristã chamada Luciana, a quem pediu que fosse buscá-lo e o enterrasse no cemitério de Calisto. Sebastião tornou-se um dos santos mais populares do mundo.


Foto: Marco Palmezzano [Public domain]

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