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20/9 – Santo André Kim Taegon e Companheiros, Mártires

A Coreia, outrora chamada Tsio-sien (Serenidade da Manhã) e posteriormente cognominada Reino Heremita, pela sua obstinação em receber estrangeiros, é talvez a única nação dos anais missionários a ter-se evangelizado a si própria. Esta evangelização teve a peculiaridade de começar pela camada social mais alta – a dos nobres e sábios –, espraiando-se depois pelas demais. Antes de algum sacerdote ter penetrado no seu solo, já o catolicismo aí se desenvolvera tão esplendidamente que contava com vários mártires.

Pois o cristianismo foi proibido no país sob pena de morte e, em várias épocas, houve católicos generosos que derramaram o seu sangue pela fé, incluindo os missionários estrangeiros que tinham entrado clandestinamente no país.

Quando, no início do século xix, a Igreja da Coreia estava acéfala, após o martírio dos missionários franceses que a atendiam, nova esperança se abriu com a ordenação sacerdotal de um dos seminaristas que estudavam na China, André Kim, filho e neto de mártires, o primeiro coreano a receber tal graça.

O jovem sacerdote conseguiu entrar oculto na Coreia e aí trabalhou durante algum tempo com o risco da própria vida, até ser chamado pelo Bispo de Xangai para ir para preparar terreno para a ida para a China de dois missionários franceses, um deles designado como Vigário Apostólico.

Tornando-se marinheiro por necessidade, o P.e Kim foi para a China de junco. Quando ia a caminho do Celeste Império, o barco foi apreendido: traído por dois dos seus marinheiros cristãos, viu a sua identidade e a sua actividade reveladas, sendo por isso preso e condenado à morte.

André Kim foi executado no dia 16 de Setembro de 1846, aos 25 anos, com mais 8 cristãos, que também receberam a honra dos altares.


Foto: DR

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