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19/11 – São Roque Gonzalez e Companheiros, Mártires

Estes três discipulos de Santo Inácio de Loyola derramaram o seu sangue quando implantavam a verdadeira religião entre os índios da América do Sul.

Roque González de Santa Cruz era filho de pais nobres espanhóis, e nasceu em Assunção, no Paraguai, em 1576. Fez os estudos no colégio que os padres jesuítas tinham aberto recentemente naquela cidade. Desde cedo preocupou-se com a sorte dos índios guaranis, cuja língua dominava. Ordenado aos vinte e dois anos, recebeu como primeira tarefa pacificar os índios ervateiros, na Serra do Maracaju, ao norte de Assunção. Ingressou na Companhia de Jesus em Maio de 1609. Em 1611, ficou encarregado da redução (como eram chamadas as missões dos jesuítas naquelas terras) indígena Santo Inácio Guaçu. Posteriormente fundou, no Sul do Brasil, seis reduções: São Nicolau de Piratini, Candelária de Ibicuí, São Francisco Xavier, Candelária do Caaça-Mirim, Assunção de Pirapó e Caaró (lugar de seu martírio).

Afonso Rodriguez (1598-1628) nasceu em Zamora, Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus em 1614. Foi para o Brasil em 1617 e foi destacado para a redução de Itapuá. Mas pediu a São Roque uma mais difícil, e foi designado para a de Caaró, onde foi martirizado.

João del Castillo (1596-1628), filho de pai nobre, nasceu em Cuenca, Espanha. Ingressou nos jesuítas em 1614, indo para o Brasil. Em 1628, acompanhou  o P.e Roque à missão de São Nicolau, onde foi martirizado.

O martírio: no dia 15 de Novembro de 1628, construída uma capela na redução do Caaró, o P.e Roque Gonzalez levantava um pequeno campanário, quando uns índios emissários do feiticeiro Nhaçu descarregaram traiçoeiramente fortes golpes de clavas de pedra na cabeça do santo missionário. A poucos passos, estava o P.e Afonso Rodríguez, que foi imediatamente atacado pelos índios, e dilacerado em todo o corpo. O mesmo fim violento teve o terceiro missionário, o P.e João del Castillo, morto na Missão de São Nicolau.

A tradição narra que do coração do P.e Roque, ao ser traspassado por uma lança, saiu uma voz misteriosa: “Matastes a quem tanto vos amava. Matastes o meu corpo, porém a minha alma está no Céu.”

Este coração, apesar de lançado ao fogo, conserva-se milagrosamente intacto no colégio dos jesuítas de Assunção do Paraguai.

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