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28/4 – São Luís Maria Grignion de Montfort, Confessor

Luís Maria Grignion nasceu no dia 31 de Janeiro de 1673, em Montfort-la-Cane (hoje Montfort-sur-Meu), em França. Foram seus pais João Baptista Grignion, senhor de Bachelleraie e advogado do município de Montfort, e Jeanne Robert, senhora de Chesnais. Luís dirá que seu pai era um cristão convicto, que educou a família como um patriarca, “no temor de Deus”.

Em 1685, quando Luís Maria completou 12 anos, os pais enviaram-no para o colégio São Tomás Becket de Rennes, um colégio dos Jesuítas onde os estudos eram gratuitos e onde o santo permanecerá durante oito anos. Luís Maria foi um aluno brilhante, colocando-se à frente dos seus condiscípulos.

Decidido a ser sacerdote, ingressou no seminário de São Sulpício, em Paris, em 1692. Uma senhora amiga pagou-lhe os estudos. Será ordenado sacerdote no dia 6 de Junho de 1700.

Logo no início do seu sacerdócio, o P.e Montfort, como era conhecido, traçou o programa da sua vida: ir de paróquia em paróquia, catequizar os pequeninos, converter os pecadores, pregar o amor a Jesus e a devoção à Santíssima Virgem, e reclamar em alta voz uma companhia de missionários, para abalar o mundo através do seu apostolado.

Em Poitiers, instalou-se no Hospital Geral, instituição que não estava destinada ao serviço dos enfermos, mas a manter encerrados os mendigos que molestavam a boa sociedade da cidade. O santo fundou no hospital uma associação de internas, que “dedicou à sabedoria do Verbo encarnado, para confundir a falsa sabedoria das pessoas do mundo ao estabelecer nela a loucura do Evangelho”. Deu à associação o nome de Sabedoria.

No seu trabalho apostólico, evangelizou várias cidades, sendo sempre perseguido pelos jansenistas, essa espécie de protestantismo no seio da Igreja, que lhe chamavam exagerado e inovador. Encontrando tantas dificuldades para fazer o bem em França, decidiu ir para outras partes em busca de uma colheita mais abundante. Resolveu então ir a Roma consultar o Santo Padre.

Clemente XI (1700-1721), inspirado pelo Espírito Santo, respondeu-lhe: “Senhor padre, tendes em França um grande campo para exercer o vosso zelo; não vades algures, e trabalhai sempre com perfeita submissão aos bispos nas dioceses para onde vos chamarem”; e concedeu-lhe o título de “missionário apostólico”. Acontece que, em França, somente três bispos o acolheram, e certa vez Luís Maria teve de viajar a lombo de cavalo para chegar a uma dessas dioceses a tempo de poder dizer Missa.

Um facto muito conhecido e doloroso na vida de São Luís foi o do calvário de Pontchâteau, na Bretanha, construído com o auxílio de nobres e plebeus, que era o seu orgulho. Na manhã da sua inauguração, recebeu uma ordem real de o destruir “por uma questão de segurança”, pois poderia ser utilizado num ataque proveniente do mar.

São Luís esteve constantemente ocupado no seu trabalho apostólico, mas também encontrou tempo para escrever. A sua obra mais célebre é o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Também escreveu O Segredo de Maria, O Segredo do Rosário, as regras para a Companhia de Maria e para as Filhas da Sabedoria, além de muito hinos religiosos.

Por toda parte onde evangelizava, “o bom P.e Montfort”, como era carinhosamente chamado, fundava associações de Amigos da Cruz, com o fim de venerar especialmente esse instrumento de nossa redenção.

Na sua missão em La Rochelle, foi vítima de envenenamento da parte dos calvinistas; tomou antídotos, que lhe salvaram a vida, mas o mal estava feito: ficou com a saúde abalada para o resto da vida, o que lhe encurtou os dias.

Assim, no dia 28 de Abril de 1716, aos 43 anos, este batalhador incansável entregou a sua bela alma a Deus. Escravo de Jesus em Maria, expirou com os braços, o pescoço e os pés rodeados de cadeias de ferro; na mão direita, segurava o crucifixo indulgenciado por Clemente XI e na esquerda estreitava uma pequena imagem da Santíssima Virgem, que trazia sempre consigo. Contemplou com ternura estas imagens queridas e beijou-as, invocando os nomes de Jesus e de Maria.


Foto: DR

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