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17/4 – Santo Aniceto, Papa e Mártir

Segundo o Liber Pontificalis, Santo Aniceto nasceu na Síria em data desconhecida, e foi Papa depois de São Pio, provavelmente entre os anos de 157 e 168. Durante O seu pontificado, numerosos orientais ilustres, como São Justino, Taciano e Hegesipo – o primeiro historiador cristão, cujos escritos são de grande valor, porque viveu muito perto do tempo dos Apóstolos –, foram a Roma para beber na fonte a pureza da doutrina apostólica, como diz esse historiador.

Outro oriental ilustre que esteve com Santo Aniceto foi São Policarpo, Bispo de Esmirna e discípulo de São João Evangelista. Apesar da sua idade avançada, foi a Roma tratar com Santo Aniceto pontos da controvérsia a respeito da celebração da Páscoa. São Policarpo defendia, apoiado na prática do Oriente e no magistério de São João, que esta devia ser celebrada no dia 14 da lua do mês de Março, independentemente do dia da semana em que caía. Santo Aniceto, pelo contrário, seguindo a tradição de Roma e de África, e alegando o exemplo de São Pedro, defendia que ela deveria ser comemorada no domingo a seguir à lua cheia da Primavera, precedida na sexta-feira pela comemoração da morte de Nosso Senhor.

Houve muita discussão, mas nada foi resolvido. De acordo com Eusébio, “Policarpo não conseguiu persuadir o Papa, nem o Papa persuadir Policarpo. A controvérsia não teve um fim, mas os laços da caridade não foram quebrados”. Santo Aniceto permitiu a São Policarpo continuar a celebrar a Páscoa no dia em que estava acostumado a fazer em Esmirna.

O Martirológio Romano afirma que o santo pontífice sofreu o martírio na perseguição de Marco Aurélio Antonino e Lúcio Vero. Isto ter-se-ia dado no ano 161 ou 166, em dia incerto. No entanto, embora ele tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas os sofrimentos que teve ao enfrentar durante todo o seu governo os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma explicam, por si sós, a reverência ao seu nome como mártir.

Santo Aniceto foi enterrado no Vaticano, mas os seus restos mortais foram depois trasladados para a catacumba de São Calisto, na cripta papal.

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