Nenhuma santa dos tempos modernos conheceu um “furacão de glória” como Santa Teresinha. A sua popularidade, mesmo antes de ser canonizada, espalhou-se pelo mundo. Os pilotos na I Guerra Mundial levavam uma fotografia sua nas aeronaves, e os soldados de infantaria recomendavam-se a ela nas trincheiras. A sua História de uma Alma encantou toda uma geração, sendo traduzida para dezenas de idiomas, com milhões de exemplares vendidos.
No entanto, pode-se dizer que Santa Teresinha é ainda pouco conhecida. E a iconografia que geralmente a representa concorre muito para dar dela uma ideia deformada. Basta comparar as suas representações correntes, todas delicodoces, com as suas fotografias reais, das quais felizmente há muitas.
Santa Teresinha nasceu em Alençon, a 2 de Janeiro de 1873, tendo santos como pais. Sendo a benjamim da família, foi criada com muito amor, mas sem mimos. Sua santa mãe faleceu quando ela tinha 5 anos, e Teresa foi educada pelas irmãs. A família mudou-se para Lisieux, que estará para sempre ligada ao seu nome.
Aos 15 anos, entrou para o Carmelo, onde já estavam as duas irmãs mais velhas. Pela imolação e os sacrifícios, queria ajudar os sacerdotes, os missionários e toda a Igreja. Tendo lido na Sagrada Escritura este convite: “Se alguém é pequenino, venha a Mim”, abandonou-se para sempre a Deus como ao mais bondoso dos pais, com a confiança duma criança na sua “pequena via”. A sua maturidade e prudência levaram a Priora a confiar-lhe o noviciado. A sua vida foi curta e simples, mas corajosa e generosa. Minada pela tuberculose, expirou aos 24 anos.
Beatificada em 1923, dois anos depois foi canonizada. Em 1927, foi proclamada Padroeira das Missões, e uma das padroeiras de França.