Realizou-se em Roma, nos dias 16 e 17 de Maio, o “Rome life forum” na Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino. Ao inaugurar o evento, o Cardeal Willem Eijk, Arcebispo de Utrecht (Holanda), advertindo sobre a ameaça que a “ideologia de género” representa contra a familiar tradicional e à fé cristã. Transcreveremos alguns trechos do seu discurso.
O Cardeal primeiro lembrou que “a raiz da ideologia do género encontra-se no movimento feminista dos anos 1960 e 1970”. “O que é a ideologia de género? (...) Foi nos anos 1950, que o termo ‘género’ apareceu, estando ele ligado aos papéis sociais dos homens e mulheres. A noção fundamental da ideologia do género é que esse papel social não tem nenhuma ligação, ou simplesmente uma ligação distante, com o sexo biológico”.
Em seguida o cardeal deplorou que “na sociedade ocidental, com seu hiperindividualismo, o indivíduo é convidado a não aceitar um papel imposto pela sociedade, mas a tomar uma decisão autónoma em relação a género (...). Como resultado, o indivíduo pode, dependendo da sua orientação sexual, optar por ser heterossexual, homossexual, transexual, neutro, etc.”
É esquecer que “o ser humano não é apenas ‘a mente’, mas a unidade da dimensão material e espiritual da alma e do corpo”, insiste.
Além disso, o arcebispo de Ultrecht alertou contra “muitas organizações que, presentes em todos os lugares e mesmo fora do mundo ocidental, pretendem estabelecer o respeito ao indivíduo afim de escolher sua identidade de género (...). Em 2012, a Organização Mundial da Saúde publicou um programa para promover e facilitar, em nível institucional, uma política que exige respeito ao género, à equidade e aos direitos humanos. Através deste programa eles impõem a facilitação da escolha, para os casos de pessoas transgénero, oferecendo tratamento médico ou cirúrgico se for necessário para adaptar as características sexuais biológicas ao sexo escolhido”.
O Cardeal Eijk também afirmou que a visão humana proposta pela ideologia de género é radicalmente oposta “à visão da pessoa humana que tem o catolicismo”.
O cardeal concluiu o discurso ao lançar este apelo à resitência: “Demostrar os erros da ideologia de género é de extrema urgência porque (...) não apenas a moral sexual esta em jogo, mas também a proclamação da fé cristã em si mesma.”