São Vilibaldo nasceu no ano de 701 em Wessel, Inglaterra. Era filho de São Ricardo I, Rei dos Saxões ocidentais, pertencente à casa real de Kent, e de Winna, que, segundo consta, era irmã de São Bonifácio.
Aos três anos, Vilibaldo foi vítima de uma grave doença, tão perigosa que os médicos desesperavam de o salvar. Os pais levaram-no então para junto de uma cruz erguida na praça pública, e prometeram que o consagrariam a Deus caso fosse curado, o que de facto ocorreu.
Quando tinha seis anos, colocaram-no sob a direcção do abade Eghald na abadia de Waldheim, onde foi sempre estimadíssimo pelos monges. Lá ficou até completar os seus estudos. Como ainda não havia emitido os votos religiosos, acompanhou o pai e o irmão Vunibaldo numa peregrinação a Roma, etapa do caminho até à Terra Santa.
No entanto, ao alcançarem a cidade de Lucca, o Rei Ricardo adoeceu, e pouco depois faleceu. Após cumprirem os últimos e dolorosos deveres de religião para com o pai, os dois irmãos chegaram finalmente a Roma. Como Vunibaldo já não quis deixar a Cidade Eterna, Vilibaldo partiu rumo à Palestina com alguns senhores ingleses.
Uma vez na Terra Santa, visitaram todos os locais santificados pela presença de Nosso Senhor Jesus Cristo. Permaneceram ali durante sete anos, pois, apesar de a Palestina estar dominada pelos árabes, havia liberdade para visitar os lugares santos. Não obstante, Vilibaldo esteve várias vezes prestes a ser preso; mas os árabes curvavam-se perante o seu espírito pacífico e afável, deixando-o livre. Aproveitou para dar assistência aos cristãos que se encontravam sob o jugo dos conquistadores, fortalecendo-os na fé.
Vilibaldo e os seus acompanhantes decidiram regressar a Itália; pelo caminho, detiveram-se dois anos em Constantinopla.
Transcorrido esse período e já em Itália, Vilibaldo, lembrando-se da promessa de seus pais, retirou-se para Monte Cassino, que acabava de ser reconstruído pelo Papa Gregório II. Entre os cargos que ocupou, estava o de porteiro, posto de confiança que São Bento recomendava que se desse a um “prudente ancião”. Mas o seu principal fim nesse famoso mosteiro foi restabelecer as regras monásticas de acordo com o Livro do Fundador, que havia sido esmeradamente guardado em Roma como relíquia de São Bento.
Vilibaldo organizou e formou uma nova geração de monges dentro da verdadeira tradição beneditina e do estilo de vida espiritual instituído pelo Fundador.
Dez anos depois, precisando ir a Roma, partiu na companhia de um sacerdote espanhol. Aconteceu de estar na Cidade Eterna seu tio São Bonifácio, que pediu ao Sumo Pontífice autorização para levar o sobrinho para a missão na Alemanha. O Papa dispensou Vilibaldo de voltar ao Monte Cassino, e incorporou-o na missão apostólica de São Bonifácio.
Chegados a Turíngia, em Julho de 740, São Bonifácio ordenou Vilibaldo sacerdote; 15 anos mais tarde, em Salzburgo, sagrou-o Bispo de Eichstadt.
Como bispo, o santo entregou-se com fervor ao seu múnus pastoral. Construiu a sua catedral e fundou um mosteiro na cidade episcopal, controlando rigorosamente os já existentes. Além disso, passou a ser missionário itinerante por toda a diocese, procurando atrair os pagãos, que pediam cada vez mais o baptismo. Em 755, transferiu para a sua sé episcopal o corpo de seu irmão Vunibaldo, que também fora ajudar na evangelização da Alemanha e que aí morreu.
Finalmente, entregou a sua bela alma a Deus no dia 7 de Julho de 787. A sua canonização só ocorreu no ano de 1256.