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6/1 – Festa da Epifania, ou dos Santos Reis

“Epifania” quer dizer manifestação. Nesta festa, deseja a Igreja celebrar a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo Menino ao mundo. Com efeito, depois de Se revelar aos pastores, Ele mostrou-Se aos Magos que, do Oriente O tinham vindo adorar. A tradição cristã viu sempre nos Magos as primícias da gentilidade. Eles trazem consigo, com efeito, todos os povos da terra, de modo que a Epifania é uma afirmação da salvação universal, como muito bem diz São Leão nas lições das Matinas, onde nos mostra, na adoração dos Magos, os primórdios da fé cristã, a hora em que o intérmino desfile do mundo pagão se põe em movimento para seguir a estrela que o convida a marchar ao encontro do Salvador.

Assim o Profeta Isaías, muitos séculos antes, proclama essa Epifania do Senhor do Mundo, como está na Epístola da Missa de hoje: “Levanta-te, enche-te de luz, Jerusalém, porque chegou a tua luz, e a glória do Senhor nasceu sobre ti. As trevas cobrirão a Terra, e a escuridão os povos; sobre ti, porém, nascerá o Senhor, e a sua glória será vista em ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor da tua aurora. (…) Todos virão de Sabá, trazendo-te ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor” (Is 60, 1-6).

A partir do século iv, os gregos comemoram, nesta solenidade, o baptismo do Salvador, quando foi revelada a sua filiação divina: “Este é o meu Filho muito amado: nele pus a minha complacência” (Mt 3, 17); e comemoram também as bodas de Caná, em que Nosso Senhor Jesus Cristo manifestou publicamente, pela primeira vez, o seu poder de operar milagres. Os latinos, remetendo agora para outros dias o baptismo e as bodas, celebram hoje a aparição da estrela no Oriente, e a viagem dos Reis Magos.

Segundo alguns, o termo “mago” vem do antigo idioma persa, e serviu para indicar o país de origem dos Santos Reis: a Pérsia. Eles eram reis, porque este é um dos sinónimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, erram os que supõem que esses primeiros reis chamados a adorar o Deus Menino eram astrólogos ou bruxos. Pelo contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e supersticiosas.


Foto: Bartolomé Esteban Murillo [Public domain]

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