Nesta memória, a piedade litúrgica para com a Mãe do nosso Salvador julga poder referir-se a textos não canónicos, isto é, que não fazem parte da Sagrada Escritura. Com efeito, os Evangelhos não falam da infância de Maria. Para satisfazer piedosas curiosidades, foram ouvidos autores desconhecidos, que nos forneceram amáveis pormenores sobre a ida da Menina para o Templo. Segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Santa Ana, que passaram muito tempo sem ter filhos, tiveram por fim uma filha, Maria. Quando Ela tinha três anos, conduziram-na ao Templo, onde ficou no serviço do Senhor, dedicando-se ao trabalho e ao estudo, principalmente da Sagrada Escritura. Terá saído do Templo para contrair seu casto matrimónio com São José.
As três festas da Natividade de Nossa Senhora, do Santo Nome de Maria e da Apresentação são como que o eco, no ciclo mariano, das três primeiras festas do ciclo cristológico: Natal, Santo Nome de Jesus e Apresentação de Jesus no Templo.
A festa da Apresentação já existia no Oriente no século vi. Foi introduzida no Ocidente no século xiv, na corte dos papas de Avinhão. A festa aparece no Missal Romano a partir de 1505.