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14/11 – São José de Pignatelli, Confessor

Considerado o restaurador da Companhia de Jesus depois da sua supressão, teve de sofrer muito pela sua fidelidade aos ideais de Santo Inácio de Loyola.

José Pignatelli nasceu em 1737, em Saragoça, no ramo espanhol de nobilíssima família do Reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, foi educado por uma irmã no Reino de Nápoles. Aos quinze anos voltou para Espanha e entrou na Companhia de Jesus. Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, ao ministério apostólico.

Iniciou-se então uma grande perseguição à Companhia, em consequência da qual foi expulso para a Córsega com outros jesuítas. Como a perseguição prosseguisse, teve que peregrinar por vários lugares, até se fixar em Ferrara, onde fez a profissão solene dos quatro votos.

Em 1773, o mesmo ano em que foi estabelecido na França o Grande Oriente maçónico, Clemente XIV dissolveu a Companhia de Jesus.

São José de Pignatelli foi então para a Rússia, o único país onde a Companhia de Jesus não deixou de existir.

Quando, com licença de Pio VI, foi erecta uma casa para noviços no Ducado de Parma, o santo foi nomeado reitor da mesma. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no Reino de Nápoles, sendo Pignatelli nomeado provincial. Em 1806, transferiu-se para Roma, onde foi preparando, sem ruído, o renascimento da Companhia, que se deu em 1814, com o mesmo Pio VII. Mas o santo tinha já morrido, em 1811, com setenta e quatro anos.

São José de Pignatelli foi homem insigne pelo talento e a cultura, tanto sagrada como profana. Mostrou especiais dons de prudência e conselho. Cultivando todas as virtudes religiosas, assinalou-se particularmente pela fortaleza, a paciência na adversidade, uma enorme confiança em Deus, e tal liberalidade para com os pobres, que não faltava quem julgasse que o dinheiro se multiplicava nas suas mãos. Foi amoroso devoto do Sagrado Coração de Jesus, e filho devotíssimo da Mãe de Deus.

O Papa Pio XI, que o beatificou, afirmou que São José de Pignatelli era “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira, e a Companhia que ia existir […], o restaurador dos jesuítas.”


Foto: By Gllenns [CC BY-SA 4.0], Wikimedia Commons

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