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13/7 – Santa Teresa de los Andes, Virgem

Joana Henriqueta Josefina dos Sagrados Corações Fernández Solar nasceu em Santiago do Chile, em 13 de Julho de 1900. Era conhecida familiarmente pelo nome de Juanita.

Pertencentes à aristocracia chilena, seus pais, Miguel Fernández e Lucia Solar, tiveram seis filhos, três homens e três mulheres. A família gozava inicialmente de boa posição económica e guardava fielmente a fé cristã, vivendo-a com sinceridade e constância. Com o tempo, devido à inabilidade do pai em gerir as suas propriedades, os Fernández viram-se obrigados a viver com muita moderação e economia.

Juanita abriu-se à vida da graça desde a mais tenra idade. Ela mesma nos assegura de que aos seis anos, movida pelo Senhor, concentrou toda a riqueza da sua afectividade n’Ele: “Quando se deu o terremoto de 1906, pouco depois, Jesus começou a apoderar-se do meu coração” (Diário, n.º 3, p. 26). Desde então, Juanita passou a assistir quase diariamente à Santa Missa com a mãe, e ansiava poder receber a Primeira Comunhão, o que ocorreu em Setembro de 1910. A partir daí, procurou comungar diariamente e passar longos momentos em oração diante de Jesus no tabernáculo.

A sua infância foi marcada por uma intensa vida mariana, a qual se tornou um dos sólidos alicerces da sua vida cristã.

Juanita recebeu a sua formação escolar no colégio das Irmãs francesas do Sagrado Coração, onde estudou durante 11 anos, até 1918. Como o comum dos mortais, concebidos com pecado original, não nasceu santa, e foi com muito esforço que conseguiu dominar uma natureza totalmente adversa às exigências do Evangelho, pois era propensa ao orgulho, ao egoísmo e à teimosia, com todos os defeitos que isto supõe. Mas nunca esmoreceu na sua luta encarniçada contra os impulsos não nascidos do amor. Olhava para si mesma de frente, com olhos sinceros e sábios, e compreendeu que, para ser de Deus, era preciso morrer para si mesma e para tudo o que não fosse Ele.

Aos 14 anos, movida por Deus, decidiu consagrar-se a Ele como religiosa, em concreto como carmelita descalça, pois Cristo era o seu ideal, o seu único ideal. Enamorou-se d’Ele, e foi consequente com esse amor, até se crucificar em cada momento por Ele. Invadiu-a o amor pelo Esposo da sua alma, donde o desejo de se unir plenamente a quem a tinha cativado. Assim, aos 15 anos fez voto de virgindade durante 9 dias, renovando-o depois continuamente.

Nessa época, correspondia-se com a Superiora das Carmelitas de los Andes e lia muito sobre as trajectórias de vida dos santos. Assim se foi preparando aquela que viria a defender com ardor a vida contemplativa, que muitos consideravam inútil.

Este seu desejo realizou-se em 7 de Maio de 1919, quando, aos 19 anos, ingressou no pequeno mosteiro do Espírito Santo, na povoação de Los Andes, a 90 km de Santiago.

Juanita intuíra havia muito que morreria jovem. Melhor, revelara-lho o Senhor, como ela comunicou ao confessor um mês antes de isso ocorrer. Ela assumiu este anúncio com alegria, serenidade e confiança, certa de que na eternidade continuaria a sua missão de fazer conhecer e amar a Deus.

A vida conventual de Teresa de los Andes até a sua morte foi uma contínua ascensão rumo ao cume da santidade. Não foram necessários mais de 11 meses para consumar uma vida totalmente centrada no amor a Jesus Cristo.

Após muitas tribulações interiores e indizíveis padecimentos físicos, causados pelo violento ataque de tifo que lhe consumiu a vida, Teresa passou deste mundo para o Pai Celeste no entardecer do dia 12 de Abril de 1920. Tinha recebido com sumo fervor os santos sacramentos da Igreja e, no dia 7 de Abril, fizera a profissão religiosa em artigo de morte. Faltavam-lhe ainda 3 meses para completar os 20 anos e 6 para terminar o noviciado canónico e poder emitir juridicamente os votos religiosos. Morreu, portanto, sendo noviça carmelita descalça.

Os seus restos mortais são venerados no Santuário de Auco-Rinconada dos Andes por milhares de peregrinos, que buscam e encontram nela a consolação, a luz e o caminho recto para Deus.

Santa Teresa de Jesus de los Andes é a primeira santa chilena e a primeira carmelita descalça não europeia a ser canonizada.

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