Vitorino e seu irmão Severino eram muito ricos, mas venderam o seu património, distribuindo o produto pelos pobres. Vitorino retirou-se depois para o deserto, onde levava uma vida de contemplação e penitência. A sua virtude e a sua santidade depressa se tornaram conhecidas, porque resplandeceram com milagres.
Morto o Bispo de Áquila, o povo aclamou Vitorino como seu sucessor. Foi então ordenado sacerdote, e governou a sua diocese com muita sabedoria, dando exemplo de vida santa e fazendo milagres.
Pela sua fidelidade a Cristo, foi pendurado de cabeça para baixo sobre águas mefíticas e sulfurosas por ordem do Imperador Nerva, entregando a alma a Deus ao terceiro dia, que era, pelo que consta na tradição, o dia 5 de Setembro do ano 100.
Dele diz o Martirológio Romano: “Num subúrbio de Roma, o bem-aventurado Vitorino, bispo e mártir. Notável pela sua santidade e os seus milagres, foi eleito bispo da cidade de Amiterno (Áquila) por sufrágio da população. Mais tarde, no império de Nerva Trajano, foi relegado com outros servos de Deus para Cutilias, onde manam águas mefíticas e sulforosas. Suspenso de cabeça para baixo por ordem do juiz Aureliano, ali sofreu durante três dias pelo nome de Cristo. Após glorioso martírio, passou triunfalmente desta vida para o Senhor. Os cristãos arrebataram o corpo, e deram-lhe honrosa sepultura em Amiterno, no Abruzzo”.