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28/12 – Santos Inocentes, Mártires

No Evangelho de São Mateus (2, 1-18), narra ele que “nos dias do rei Herodes, chegaram do Oriente a Jerusalém uns magos, dizendo: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-Lo.’” O monarca ficou perturbado e, “chamando em segredo os magos, interrogou-os cuidadosamente sobre o tempo da aparição da estrela”. Depois pediu-lhes que, quando encontrassem o Menino, lho fizessem saber para que ele também fosse adorá-Lo. Mas os magos, “advertidos em sonhos para não voltarem para junto de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho”.

 “Então Herodes, vendo-se enganado pelos magos, irritou-se em extremo, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e nos arredores, de dois anos para baixo, consoante o tempo que diligentemente inquirira dos magos.” Isto não atingiu ao Menino Jesus, pois o anjo do Senhor aparecera em sonhos a José, e dissera-lhe: “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe, foge para o Egipto, e fica ali até que eu te avise, porque Herodes procurará o Menino para Lhe tirar a vida.”

Santo Agostinho, Santo Hiláro Arelatense, São Pedro Crisólogo, São Beda, o Venerável, e São Bernardo, entre outros, escreveram várias homilias e sermões sobre os Santos Inocentes.

Conta o P.e José Leite, S.J. (Santos de Cada Dia) que, na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes era a deles. Começava nas vésperas de 27 de Dezembro e acabava nas do dia seguinte. Escolhendo entre si um “bispo”, os pequenos cantores apoderavam-se das estalas dos cónegos, e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Invitatório e o Te Deum, e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhe era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat “Derrubou os poderosos do trono”, no fim das segundas vésperas. Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta cerimónia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.


Foto: Girolamo Donnini [Public domain], via Wikimedia Commons

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