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27/5 – Santo Agostinho de Cantuária, Confessor

Nada se sabe da infância e juventude deste santo do século vi, a não ser que cedo se tornou monge no famoso mosteiro de Santo André, fundado por São Gregório Magno numa das suas propriedades, no Célio, uma das colinas de Roma.

Ocorreu então que, cerca de cinco anos após a sua ascensão à Sé Romana (590), São Gregório começou a procurar maneiras e meios para realizar o sonho dos seus primeiros dias: enviar missionários para converter a Grã-Bretanha. Para isso, recorreu à comunidade que governara durante mais de uma década no mosteiro na colina do Célio. De entre eles, o santo seleccionou uma companhia de cerca de 40 monges, e designou Agostinho, na época prior de Santo André, para ser seu representante e porta-voz.

Evangelizada desde os primeiros séculos do cristianismo, segundo testemunhos de Tertuliano e Orígenes, a Grã-Bretanha tinha recaído no paganismo por ocasião das invasões dos saxões, nos séculos v e vi. Com os primeiros habitantes, os bretões, tinha o cristianismo sido rechaçado para Oeste, ou seja, para as Cornualhas e o País de Gales.

O primeiro plano que parece ter ocorrido ao Pontífice foi comprar meninos ingleses em cativeiro, de 17 anos para cima, e educá-los na fé católica, com a ideia de os ordenar e os enviar, no devido tempo, como apóstolos ao seu próprio povo. Mas mudou de ideias e decidiu mandar monges adultos para essa missão quando lhe constou que o jovem Rei de Kent, Etelberto, se casara com uma princesa cristã, Berta, filha do Rei de Paris, com a condição de que à princesa fosse permitido professar a sua fé católica.

Foi no ano de 597 que os missionários chegaram à ilha de Thanet, e pouco depois apresentavam-se a Etelberto. Este disse-lhes que não queria abandonar as crenças dos seus ancestrais, mas dava-lhes autorização para pregarem e converterem os seus súbditos.

Agostinho conduziu os seus monges à Cantuária, a capital do reino, e instalou-os junto a uma capela dedicada a São Martinho, que sobrevivera à devastação geral. Pouco depois, teve a alegria de ver entre os convertidos o próprio rei. Estava fundada a Igreja anglo-saxã.

A notícia foi recebida com alegria pelo Papa, que expressou a sua satisfação nas cartas escritas a Agostinho e à rainha. Juntamente com um grupo de novos colaboradores, o Santo Pontífice enviou a Agostinho o pálio e a nomeação de Arcebispo Primaz da Inglaterra, ao mesmo tempo que o admoestava paternalmente a não se ensoberbecer com os sucessos obtidos e a honra do alto cargo que lhe conferia. Seguindo as tradições do Papa quanto à repartição dos territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras duas sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester.

O santo missionário morreu a 26 de Maio de 604 e foi sepultado na Cantuária, na igreja que tem o seu nome.


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