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2/12 – Santa Bibiana, Virgem e Mártir

De Santa Bibiana diz o Martirológio Romano, a 2 de Dezembro: “Em Roma, paixão de Santa Bibiana, virgem e mártir, que, sob o sacrílego imperador Juliano, foi açoitada com pontas de chumbo pela causa de Cristo, até render o espírito.”

Santa Bibiana viveu e deu sua vida por Cristo durante o infausto reinado de Flávio Cláudio Juliano (331-363), mais conhecido com o terrível epíteto de “o Apóstata”. Este imperador, nascido em Constantinopla, tinha renegado o baptismo e, durante o seu efémero reinado, procurou aniquilar o cristianismo, substituindo-o por uma espécie de paganismo rejuvenescido. Para isso, deu liberdade de acção a todas as seitas cristãs, na esperança de que se destruíssem umas às outras, e publicou leis tendentes a provocar a apostasia das crianças cristãs (como se faz actualmente, não só na China comunista – que proíbe que as crianças sejam levadas às igrejas, para não serem “doutrinadas” –, mas em todo o mundo). Embora não tenha publicado éditos sangrentos contra os seguidores de Cristo, Juliano tornou-os de tal forma odiosos, que alguns deles, aqui e acolá, foram torturados e mortos impunemente por funcionários desejosos de conquistar as boas graças do Imperador apóstata. Foi o que se deu com Santa Bibiana.

A bem-aventurada mártir nasceu em Roma. Seu pai, Flaviano, antigo Prefeito de Roma, por ser cristão, foi marcado na testa com o ferrete de escravo, e mandado para Águas Taurinas, onde morreu em consequência das privações que sofreu. Sua mãe, Dafrosa, foi decapitada. Sua irmã também morreu mártir.

Desde pequena que Bibiana praticava os mandamentos, dedicando-se também a obras de misericórdia louváveis e virtuosas.

No ano de 363, foi presa por um prefeito chamado Fausto, que quis a todo custo fazê-la adorar os ídolos. Mas a jovem defendeu a sua fé com tal fervor, que converteu o prefeito, de modo que também ele derramou o seu sangue por Cristo.

Levada à presença do juiz, como não aceitasse sacrificar aos deuses e continuasse firme na sua fé, foi açoitada, como diz o Martirológio, com açoites de pontas de chumbo, até dar sua vida por Cristo.

O seu corpo ficou insepulto durante dois dias, depois dos quais um sacerdote chamado João o enterrou junto ao sepulcro de seus pais e de sua irmã Demétria. Logo surgiu no local uma capela, e mais tarde a actual basílica, sobre o Esquilino. São estas as informações sobre a santa dadas pelo biógrafo do Papa Simplício (468-83), que atribui a este pontífice a construção da basílica em honra da bem-aventurada mártir Bibiana.


Foto: WikiPaintings [CC BY-SA 3.0], via Wikimedia Commons

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