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12/11 – São Diego de Alcalá, Confessor

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Este irmão leigo franciscano, homem simples e com fama de santidade já em vida, recebeu de Deus uma ciência infusa com a qual resolvia os mais complicados problemas de doutrina.

Os pais de Diego, ainda que muito pouco favorecidos pela fortuna, viviam satisfeitos com a sua sorte, ganhando o sustento quotidiano mediante o trabalho das suas mãos, com fé muito grande e muito grande confiança na amorosa Providência divina.

Diego nasceu nos alvores do século xv, em São Nicolau do Porto, um pequeno povoado andaluz da diocese de Sevilha.

Desde muito cedo mostrou o seu amor à solidão, e já adolescente, sabendo que um virtuoso sacerdote vivia como eremita nas proximidades, uniu-se a ele para melhor servir a Deus.

Por volta do ano de 1409, o Beato Pedro Santoyo, grande promotor do ramo franciscano que seguia a observância antiga, fundou vários conventos reformados. Um deles foi em Arrizafa, perto de Córdoba. Diego, que há muito queria ser franciscano, nele pediu ingresso como irmão leigo.

O fervor com que abraçou a vida conventual foi surpreendente. Dizem os seus biógrafos que “ninguém lhe ganhava na prática da pobreza, da caridade, da obediência, da mortificação. Nunca estava ocioso”, pois a preguiça é a mãe de todos os vícios.

Frei Diego chegou a tal grau de união com Deus, que este Se comprazia em lhe comunicar muitas luzes a respeito dos principais mistérios de nossa santa fé e das doutrinas da Igreja. De modo que até os doutores em teologia vinham consultá-lo a respeito das mais elevadas questões teológicas. E ele expunha-as com tanta clareza e segurança, como se estivesse a vê-las.

Mandado para o convento em Fuerteventura, nas Ilhas Canárias, os frades não encontraram outro melhor para suceder ao superior falecido que Frei Diego, apesar de este ser apenas irmão leigo. O que mostra em que grau de estima tinham a virtude e ciência infusa deste santo leigo.

No ano de 1450, celebrou-se em Roma o ano jubilar proclamado pelo Papa Nicolau V, durante o qual seria canonizado São Bernardino de Siena (festa a 24 de Maio). O provincial dos franciscanos observantes, São João de Capistrano, convocou todos os frades da observância que estivessem disponíveis para estarem presentes na grande cerimónia. Deste modo, Frei Diego encontrou-se em Roma com outro grande santo franciscano, Tiago das Marcas (1391-1476), também elevado à honra dos altares.

O afluxo de tantos religiosos a Roma para o jubileu, com as precárias condições de hospedagem do tempo, acabou por provocar uma epidemia na Cidade Eterna. Foram muitos os frades atingidos. Por isso, transformaram o convento de Ara Caeli em hospital, sob os cuidados de Frei Diego. O santo desdobrou-se para atender todos os atingidos pela peste, bem como a multidão de pobres que acorria ao convento em busca de alimento. A santidade do humilde frade tornou-se manifesta pela constante multiplicação do pão, dos medicamentos e dos víveres que fazia.

Muitos outros milagres foram atribuídos a São Diego, que entregou a sua santa alma a Deus no dia 12 de Novembro de 1463.


Foto: Hispanoamerikano [CC BY-SA 4.0], Wikimedia Commons

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