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1/1 – Santa Maria, Mãe de Deus

O calendário dos santos abre, neste início de ano, com a festa de Maria Santíssima no mistério de sua maternidade divina. Primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental, começou a ser celebrada em Roma, no século iv.

Concebido pelo Espírito Santo, Jesus, o Filho de Maria, veio ao mundo para trazer a redenção, e lembrar o amor incondicional de Deus por todos nós. Maria Santíssima, a Mãe Virgem, é também, paradoxalmente, a filha de seu Filho, e ideal sublime de santidade. O Filho de Deus tomou dela verdadeiramente a sua carne, e é realmente seu Filho.

Foi no Concílio de Éfeso, em 431, que foi proclamado o dogma da maternidade divina de Maria. Este concílio combateu as doutrinas de Nestório, Patriarca de Constantinopla, que defendia que em Cristo havia duas naturezas, a humana e a divina, só vagamente unidas uma à outra; como conseqüência, negava o ensinamento tradicional de que a Virgem Maria era a Mãe de Deus, afirmando que o era somente de Jesus homem. O concílio explicitou que Maria é Mãe de Deus “não porque o Verbo de Deus tenha tirado dela a sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne” (Cfr Denzinger 251).

Na carta encíclica Fulgens Corona, com que o Papa Pio XII comemorou os cem anos do dogma da Imaculada Conceição, vem lembrado que a maternidade divina de Maria constitui a mais alta missão que existiu à face da Terra, depois da que recebeu Cristo, e que esta missão exige a graça divina em toda a sua plenitude. Diz o Papa: “Na verdade, desta sublime missão de Mãe de Deus nascem, como duma misteriosa e limpidíssima fonte, todos os privilégios e graças que adornam, duma forma admirável e numa abundância extraordinária, a sua alma e a sua vida. Por isso, com razão declara São Tomás de Aquino que a Bem-Aventurada Virgem Maria, pelo facto de ser Mãe de Deus, recebe, do bem infinito que é Deus, uma certa dignidade infinita.”

Não se pode, pois, aceitar o Filho sem aceitar a Mãe. No evangelho de São Lucas (6, 43), Jesus esclarece: “Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bons frutos.” O fruto de Maria é Jesus: Ela trouxe-O em seu ventre abençoado, e é, consequentemente, a Mãe de Deus.

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