Pai Santo, que estais no Céu, espero que não sejais ingrato, a ponto de não atender a súplica que vos fazemos para honra de vosso Filho.
Senhor, não vos fazemos este pedido por nós mesmos, pois não o merecemos, mas pelo Sangue de vosso Filho, por seus merecimentos e os de sua Mãe gloriosa, e pelos méritos de tantos mártires e santos que morreram por Vós.
Ó Padre Eterno! Tantos açoites, tantas injúrias, tão gravíssimos tormentos não podem ser ignorados. Ó Criador meu, entranhas tão amorosas como as vossas não podem consentir no desprezo do que vosso Filho fez com tão ardente amor!
O mundo está ardendo, querem crucificar Cristo novamente, demolir a sua Igreja. Os Sacramentos são abolidos, as igrejas fechadas ou destruídas, inúmeras almas são condenadas. Meu Senhor e meu Deus, dai fim ao mundo ou remediai tão gravíssimos males, pois nem mesmo corações tão maus como os nossos conseguem suportar tudo isso.
Suplico-Vos, ó Padre Eterno, que Vós mesmo não o suporteis. Apagai esse fogo, Senhor, pois tendes poder para fazê-lo, se o quiserdes. Algum recurso deve existir, aplicai-o Vossa Majestade. Tende pena de tantas almas que se perdem, e favorecei a vossa Igreja. Não permitais ainda mais danos à Cristandade. Lançai vossa luz sobre essas trevas. Já, Senhor! Já, Senhor! Fazei serenar este mar, poupando à nau da Igreja tão persistente tempestade. Salvai-nos, Senhor meu, do contrário naufragaremos.
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* Fonte: Revista Catolicismo, Nº 841, Janeiro/2021 – Tradução livre.