João Fisher era inglês e foi chamado por Deus à vida sacerdotal. Teve um percurso académico de relevo até ser nomeado Arcebispo de Rochester. Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Quando surgiu a Reforma protestante, manteve-se fiel à verdadeira Igreja, escrevendo vários textos a defender a fé católica.
O Rei Henrique VIII, que se envolvera com uma senhora que não era a sua mulher, quis que a Igreja declarasse nulo o seu casamento. Analisado o caso pelo Bispo de Rochester, percebeu-se que tal não era possível, dado que o casamento era válido. Então, Henrique VIII autodeclarou-se chefe da Igreja da Inglaterra, separando-se da Igreja de Roma. São João Fisher não deixou de apontar a verdade, que não foi bem acolhida; e, embora o Papa o tivesse escolhido para Cardeal, Henrique VIII condenou-o à morte. Ao ser apresentado para o martírio, São João Fisher deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ali se encontrava. O seu sangue foi derramado em 1535.
No mesmo ano, Tomás Moro, pai de família, de grande influência no meio universitário e chanceler do rei, também se recusou a aceitar o acto de supremacia de Henrique VIII, sendo igualmente martirizado. Tomás Moro era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Foi decapitado em 1535.
João Fisher e Tomás Moro foram canonizados em conjunto, em 19 de Maio de 1935, pelo Papa Pio XI.