Santa Bárbara, uma das santas mais conhecidas no mundo, nasceu no Oriente e sofreu o martírio provavelmente em Antioquia, no fim do século iii ou princípio do século iv. A sua vida foi escrita em grego, siríaco, arménio e latim.
Bárbara era uma jovem muito bela. O pai, um pagão rico e ciumento chamado Diáscoro, encerrou-a numa torre para a resguardar dos pretendentes que não lhe interessavam. A torre tinha duas janelas; para atender às exigências de Bárbara, que queria três janelas para simbolizar as três pessoas da Santíssima Trindade, o pai mandou construir uma terceira. Certo dia, aproveitando-se de uma viagem do pai, ela recebeu o baptismo. Ao regressar, o pai, enfurecido por ver que a filha desprezava os deuses romanos, tentou matá-la. Bárbara fugiu e escondeu-se, mas foi denunciada por um pastor.
Capturada, foi levada à presença dos juízes e teve entre os seus mais ferrenhos acusadores o próprio pai. Santa Bárbara sofreu os mais cruéis suplícios, mas nem os chicotes, nem as tiras de boi, nem as tochas de piche que lhe queimavam o corpo, nem os garfos de pedra que lhe retalhavam a carne conseguiram fazer com que renegasse a sua fé. Por fim, foi degolada pelo próprio pai, que pediu para substituir o carrasco.
No passado, Diáscoro, um pagão inconformado com a opção por Jesus Cristo feita por sua filha Bárbara, usou de todos os meios, incluindo suplícios cruéis, para que ela renegasse a sua fé. No mundo de hoje, talvez mais subtil na sua perseguição aos que professam a fé cristã, mas nem por isso menos implacável, Santa Bárbara lembra-nos que não devemos ter receio de desagradar, nem aos que detêm o poder temporal, nem às pessoas da nossa família, quando se trata de viver a fé cristã e de nos comprometermos até às últimas consequências com a mensagem do Evangelho.