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2/6 – Santos Marcelino e Pedro, Mártires

Os nomes de São Marcelino e São Pedro, mártires, são mencionados no cânone romano da Missa. Deles diz o Martirológio Romano nesse dia: “Em Roma, o natalício [para o Céu] dos santos mártires Marcelino, presbítero, e Pedro, exorcista. Por haverem ensinado a muitos a fé cristã quando estavam no cárcere, padeceram duros ferros e muitos outros suplícios sob o Imperador Diocleciano. Por ordem do juiz Sereno, foram depois degolados num lugar que antes se chamava Floresta Negra, mas que, em honra desses santos, ficou dali por diante com o nome de Floresta Branca. Os seus corpos foram sepultados numa catacumba, junto a São Tibúrcio. Posteriormente, o Papa São Dâmaso exornou-lhes a sepultura com um epitáfio em versos.”

Segundo a tradição, foram sepultados na via Cornélia, numa aldeola chamada Floresta Negra, onde tinham sido martirizados, para que os cristãos não os localizassem nem venerassem. Mas Deus revelou a uma piedosa mulher chamada Lucília o lugar onde jaziam. Os seus restos mortais foram então recolhidos e trasladados para o cemitério da via Lavicana, para um lugar chamado “entre os loureiros”. O local de seu martírio recebeu desde então a denominação de Floresta Branca, chegando a ser uma sé episcopal durante a Idade Média.

Os dados mais seguros desse martírio dá-no-los São Dâmaso na inscrição que redigiu para o túmulo na via Lavicana. Está em verso, e indica, segundo confissão do próprio verdugo, as circunstâncias do martírio. Diz ela: “Marcelino e Pedro, escutai a história do vosso triunfo. Quando eu era menino, o próprio verdugo me contou, a mim, Dâmaso, que o perseguidor, furioso, ordenara que vos fossem cortadas as cabeças no meio de um bosque, para ninguém saber onde estavam os vossos corpos. Mas vós, triunfantes, preparastes com as vossas próprias mãos esta sepultura onde agora descansais. Depois de terdes descansado por breve tempo numa Selva Negra, revelastes a Lucilia que teríeis gosto em descansar aqui.”


Foto: DR

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