A Igreja quer que hoje contemplemos o Céu de todos os predestinados, de todos os que “morreram em Jesus Cristo”, com o seu nome bendito nos lábios e a fé no coração. Isto é, todos os heróis da virtude, que brilham no Céu como estrelas de primeira grandeza, e os pecadores arrependidos, que por fim, depois de se purificarem das suas manchas, também lá entraram.
A Igreja, essa Mãe benigna que no decurso do ano celebra incessantemente as festas dos santos, reúne-os todos hoje, numa festa comum. Além dos que pode chamar pelo nome, ela evoca, numa visão grandiosa, a multidão inumerável dos outros, “de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão”, aclamando Aquele que os resgatou com o seu sangue.
Foi no Oriente que se começou a celebrar a memória de Todos os Santos, festa que já se encontra no Ocidente no século viii, em diversas épocas do ano. Segundo o Martirológio Romano, foi o Papa Gregório IV (827-844) que teve a honra de a estender a toda a cristandade.
A festa de Todos os Santos foi fixada para o dia 1 de Novembro por aquele Papa. Sisto IV elevou-a a uma das maiores solenidades, com oitava.