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Quarta-feira de Cinzas

A Igreja abre a Quaresma com a imposição das cinzas – “Lembra-te, ó homem, de que és pó, e em pó te hás-de tornar” –, lembrando aos fiéis a sua condição de mortais e vincando bem a necessidade de penitência.

Na primitiva Igreja, a imposição de uma penitência colectiva aos pecadores culpados de faltas graves e públicas acompanhava o trabalho de preparação do catecúmeno para receber o baptismo, no dia da Páscoa. No principio da Quaresma, o bispo benzia os cilícios e as cinzas, e impunha-os aos penitentes, que durante quarenta dias expiavam as suas faltas in cinere et cilicio, na expectativa da reconciliação sacramental de Quinta-feira Santa.

A imposição das cinzas como hoje a conhecemos é uma extensão e transposição da antiga penitência pública: aquilo que, inicialmente, dizia respeito somente a uma categoria de fiéis acabou por se aplicar a todos, perdendo, em consequência, o rigor primitivo. Foi o Papa Urbano VI que, no Concílio de Benevento (1091), prescreveu a imposição das cinzas a todos os fiéis.

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